Artes
Por Silvia Generali
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Sempre gostei de desenhar e de pintar. Em criança, aqueles que queriam me ver feliz traziam lápis de cor, giz de cera, canetas coloridas e bloquinhos. Já adolescente pensei em cursar Artes, mas meu pragmatismo foi mais forte e acabei trilhando outros caminhos, sem nunca esquecer dos meus rabiscos. Quando minha filha começou a se interessar por desenho, acabei por acompanhá-la em um curso na Porto Artes. Lá fui do grafite para o pastel oleoso, depois para o lápis aquarelável e para a tinta acrílica, tudo de forma rápida e prazeirosa. Tive a sorte de contar com os incentivos de Fabriano Rocha e Eduardo Mancuso, na análise dos meus trabalhos iniciais, e da ADUFRGS, como espaço para a primeira exposição. Hoje pinto por prazer e por necessidade de estar abraçada a cores e formas. Experimento diversos materiais e temas, com uma identidade visual e um conceito próprio desenvolvidos na residência artística na Casa Amarela Poa. Penso que a arte nos transforma, nos permite a expressão ao outro e a nós mesmos, invade nossa emoção, nossa cognição e nossa motricidade, em momentos de total envolvimento. O que sinto pela arte, é expresso nesta frase atribuída a Nietzsche: A arte existe para que a realidade não nos destrua.